domingo, 27 de novembro de 2011

Estavam eles, com seus jeitos diferentemente calmos de lidar com aquela nova consciência que tomava a todos. Os corpos escuros escorriam as gotas ligeiramente brilhantes que corriam por seus rostos já encharcados.

            E agora corriam, sem saber porque, mas corriam. Corriam para lugar tal que não sabiam ao certo, mas era uma felicidade muito grande correr !! Era apenas o vento contra os olhos, que iam fechando-se e tentando outra vez se abrir, como que para encontrar a luz do sol, que já ia então caindo calmamente, como com preguiça de deixar toda aquela luz se acabar. A imagem túrgida de gotas de chuva através da luz definia-se como um todo de chão, ao caírem, e empoçavam a areia salgada da praia.

            A areia já cansada de água resolvia apoçar-se, com calma, aderindo toda aquela água viril.  As ondas tentavam alcançar toda aquela água, quando então percebiam que era tudo longe de mais, e retrocediam  dando lugar a uma onda mais corajosa, que subia por cima da primeira. E nesse indo e vindo, caem corpos eufóricos, corpos ávidos por um pouco desta tentativa de ida e volta. As ondas mostram seu peso e força, e a força dos meninos que La estavam jogados míngua, naquela gostosa sensação de deixar estar.

            O sol já tingia tons de laranja, mostrando algumas ondas de sua luz no meio de toda aquela neblina e chuva calma e translúcida que pairava sobre as cabeças imaginativas das crianças, que brincavam e dançavam maravilhados com aquele lindo lugar. 

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