quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Repudio as palavras,
que destoam o sentido
do que guardo da tua dança.
Apagam desbotada lembrança
de corpo desnudo em aparência
carne em transe
de concerto itinerante
sina liberta de corpo aberto.

Repudio as palavras,
já nasceram antes de senti-las
e mordem teu sorriso, memória.
Luz e som movimento resplandescente
de sexo de espírito criança,
passos apagados  por água difusa
choro que embaça seus cabelos,
colo que falta braços e pernas.

Repudio as palavras, elas não são.
Apenas existem.

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